O teólogo e cientista da religião Paulo Mazarem faz uma crítica ao pensamento de Tertuliano, por este, desprezar a filosofia grega, considerando que para Tertuliano, nada havia entre Atenas e Jerusalém, o que se constitui num equívoco, uma vez que o edifício que compõe o Novo Testamento tem a sua origem na língua grega, bem como conceitos tão caros a teologia, como é o caso do termo “hermenêutica”. Além disso é preciso considerar que não foram os cristãos que inventaram o conceito da doutrina “logos” ou a concessão de “cidadania” representando um tremendo avanço nivelador, onde as mulheres, os escravos e as crianças, consideradas inferiores sob a antiga lei romana, tornavam-se iguais perante as leis dos imperadores romanos. Esses avanços, são contributos dos estóicos, porém Tertuliano ignorou essa verdade contra o qual não se pode lutar, o que soa como uma espécie de desonestidade intelectual, segundo o cientista da Religião.
Uma dose de conhecimento histórico, i.e., religiológico, (sim só um pouquinho) é suficiente para deixar nossos pudores embaraçados, uma vez que sexualidade sempre estivera imbricavelmente relacionado a religião parte constitutiva da humanidade. Uma historicização a respeito do “falo” ou de seus simulacros (objetos construídos para veneração) nos períodos arcaicos da história humana, revelará que toda esta carga latente de erotização que (o Ocidente) se dá (eu) ao pênis hodiernamente, está equidistante da concepção que os antigos tinham a respeito da (o) genitália (órgão sexual) masculino. Muitas culturas, incluindo o Egito, Pérsia, Síria, Grécia, Roma, Índia, Japão África até as civilizações Maia e Asteca viam no culto ao pênis uma tentativa de alcançar o favor da fertilidade e à procriação da vida. Porém, ao que tudo indica o falocentrismo...
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