Como cientistas da religião temos de conviver com a polissemia conceitual que é própria de nossa disciplina que oferece como características a multiplicidade e a diversidade dos saberes e fazeres. Deste modo ao analisar o mito encontramos múltiplas concepções e sentidos que fazem (ou melhor tornam) (d)o mito muito mais do que uma narrativa traditiva de um povo, na verdade o mito pode ser o nada que é tudo e o tudo que é nada. Eles surgem para explicar as origens (mito etiológico) dos deuses (mito teogônico), do universo (mito cosmogônico), da humanidade (mito antropogônico), da redenção da espécie humana (mito soteriológico) e do fim último (mito escatológico). Portanto não há consensualidade entre os pesquisadores de um sentído unívoco do mito. Para o mitólogo Mircea Eliade: Viver os mitos implica, pois, uma experiência verdadeiramente religiosa, pois ela se distingue da experiência ordinária da vida quotidiana. A religiosidade dessa experiência deve-se ao fato de que, ...
Procuramos por uma epistemologia, mas encontramos saberes! Nossa herança cartesiana dissolveu-se diante de outras geografias. Enfim, a ecosofia acaba por desvelar a intenção daquela velha monocultura.