Paulo Mazarem* Deve-se admitir que para um cristão (believer) essa afirmação, em certa medida, pode até gerar uma sensação desconfortável. Porém Desmond sem hes itar levanta sua voz, para dizer ao mundo, inderrogavelmente:"Deus não é Cristão". (TUTU, 2012) A reação provocada por Desmond Tutu aos cristãos, (que certamente julgam-se detentores do divino) se faz pertinente uma vez que sua proposta é desmonopolizar o divino de um grupo de pessoas que dogmatizarão um saber teológico exclusivista e eclesioncentrista. Deus não quer, segundo ele ser patrimônio exclusivo de um grupo somente. Acredito que a intenção é transcender (como diria Paul Tillich) aquelas reduções provincianas de análise teológica e conduzir (os leitores cristãos ou não-cristãos) aqueles que estiverem dispostos a encarar o desafio de avançar em direção a outras paisagens teológicas, religiosas e culturais. É claro que avançar aqui é um eufemismo para ou...
Procuramos por uma epistemologia, mas encontramos saberes! Nossa herança cartesiana dissolveu-se diante de outras geografias. Enfim, a ecosofia acaba por desvelar a intenção daquela velha monocultura.