A lista dos sete pecados capitais não consta da Bíblia Sagrada, como todos sabem. Aliás, foi o monge grego Evagrius do Ponto, no contexto do movimento monástico no deserto do Egito do século IV quem primeiro identificou o que considerava ser, as principais paixões humanas. Na verdade, foi no século VI que o papa Gregório Magno consolidou a lista clássica registrada no catecismo do catolicismo romano que procurou amplificar o assunto, encontrando na teologia a gravidade destas disfunções, numa lista que hoje é bem conhecida. Por certo, desde o século XVII, a lista dos pecados capitais, melhor aceita, está assim estabelecida: “soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça.” Como o foco da nossa reflexão e análise será o “pecado da luxuria”, já vamos adiantando que luxuria não é sinônimo de “luxo” como muitos pensam e nada tem a ver com uma vida próspera, isenta de preocupações de ordem financeira....
Procuramos por uma epistemologia, mas encontramos saberes! Nossa herança cartesiana dissolveu-se diante de outras geografias. Enfim, a ecosofia acaba por desvelar a intenção daquela velha monocultura.