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Mostrando postagens de abril, 2016

UM DISCURSO SOBRE CIÊNCIAS

Publicado pela primeira vez em Portugal no ano de 1987 “Um Discurso sobre as Ciências”, segundo o próprio Boaventura de Souza Santos, a obra o surpreendeu uma vez que o êxito acadêmico dessa obra representou uma projeção para análise de re (conhecimentos), emergentes, sendo segundo ele uma referência recomendada anos a fio nos cursos de filosofia, ensino secundário e ensino superior. Minha proposta aqui é apresentar para o público em geral um   resumo da presente obra, que segundo Boaventura "Um Discurso sobre as Ciências", é na verdade uma versão ampliada da Oração de Sapiência proferida na abertura solene das aulas da Universidade de Coimbra, no ano letivo de 1985/1986, onde o autor defende uma posição epistemológica antipositivista a luz da física e da matemática. Pondo em causa a teoria representacional da verdade e a primazia das explicações causais, defendendo que todo o conhecimento científico é socialmente construído, que o seu rigor tem limites inultra...

DEUS NÃO É CRISTÃO

Paulo Mazarem*    Deve-se admitir que para um cristão (believer) essa afirmação, em certa medida, pode até gerar uma sensação desconfortável. Porém Desmond sem hes itar levanta sua voz, para dizer ao mundo, inderrogavelmente:"Deus não é Cristão". (TUTU, 2012)     A reação provocada por Desmond Tutu aos cristãos, (que certamente julgam-se detentores do divino) se faz pertinente uma vez que sua proposta é desmonopolizar o divino de um grupo de pessoas que dogmatizarão um saber teológico exclusivista e eclesioncentrista. Deus não quer, segundo ele ser patrimônio exclusivo de um grupo somente.      Acredito que a intenção é transcender (como diria Paul Tillich) aquelas reduções provincianas de análise teológica e conduzir (os leitores cristãos ou não-cristãos) aqueles que estiverem dispostos a encarar o desafio de avançar em direção a outras paisagens teológicas, religiosas e culturais. É claro que avançar aqui é um eufemismo para ou...

ROBOFILIA E A RE-INVENÇÃO SEXUAL

E a ciência se multiplicará [...] Dn 12. 4 (K. James) Tornou-se chocantemente óbvio que nossa tecnologia excedeu nossa humanidade. Einstein Os filmes futurísticos já proscreveram através da ficção cientifica o que ocorreria no futuro, a questão é que ninguém esperava que esse futuro estivesse tão perto. Quem assistiu Eu, Robô (2004), Matrix (1999), I.A. Inteligência Artificial (2001) pode pressentir que o virtual como dissera Baudrillard anteciparia ou proscreveria o real,  estando hoje a meu ver substituindo-o.  Ora, o [1] surrealismo parece encontrar (inscrever-se) hodiernamente seu ápice na confecção ideo-real de capacetes virtuais para sexo e nas “ Sex dolls for adul” (bonecas sexuais para adultos). Quem diria que a virtualidade se transformaria em realidade ou simulacro do Real?  E o que falar em especial das bonecas sexuais robôs que estão sendo produzidas e equipadas com sensores para reagir a estímulos sexuais, sim isso já possível at...