A tuberculose dizem, os médicos que a
princípio, é fácil de curar e difícil de
conhecer, mas com o correr dos tempos, se não foi reconhecida e medicada,
torna-se fácil de conhecer e difícil de
curar. Assim se dá com as coisas do Estado: conhecendo-se os males com
antecedência, o que não é dado senão aos prudentes, rapidamente são curados:
mas quando por se terem ignorado, se têm deixado aumentar, a ponto de serem
conhecidos de todos, não haverá mais remédio àqueles males. p. 100 O Príncipe, N. Maquiável.
Os romanos nestes casos fizeram o que
todo príncipe prudente deve fazer:
não só remediar o presente, mas prever os casos futuros e preveni-los com toda
perícia, de forma que se lhes possa facilmente levar corretivo, e não deixar
que se aproximem os acontecimentos, pois deste modo o remédio não chega a
tempo, tendo-se tornado incurável a moléstia.
p. 101(O Príncipe, N. Maquiável)
Os romanos vendo de longe
perturbações, sempre as remediaram e nunca as deixaram seguir o seu curso, para
evitar guerras, pois sabiam que a guerra não se evita, mas, se é protelada,
redunda sempre em proveito de outros. p. 101 (O Príncipe, N. Maquiável)
Voltemos à França examinemos como
procedeu ela em situações semelhantes [...] Se a França tinha forças para
assaltar Nápoles, devia fazê-lo; se não podia, não devia dividi-lá. [...] mas,
os franceses não entendiam do Estado, pois se entendessem não teriam consentido
à Igreja Católica tanta grandeza. Por experiência, por ter concedido grandeza,
à Itália, à Igreja Católica e a Espanha, a França trouxe para si mesma ruína.
p.104 (O Príncipe, N. Maquiável)
“Nunca se deve tirar um Rei que lhe é
sujeito, para colocar um outro que possa
expulsá-lo como foi com o Rei Luís que (por não observar nenhum dos princípios
observados pelos outros que conquistaram províncias e as conservaram), trouxe
para si ruína”. p. 102 MAQUIÁVEL
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