De acordo com Salma Ferraz: A xuxização
precedeu o bundismo e o resultado foi o "homo bundus" que reinvindica
o bundopólio para si. A mais queue falta de vergonha na bunda. Não há como disfarçar o brasileiro é bundalopithecus por
paixão, ama bundalizar as coisas, para ele tudo gira em torno da bunda. É o
efeito da bundaberração, não é por acaso que mulheres frutas, pera, jaca,
melancia, salada de frutas, etc..., fazem sucesso nas redes sociais e na TV, Por
quê? Por que o [1]androcentrismo
é o monopólio dos bundalizados.
O fato é que vivemos numa sociedade bundocrática: manda e faz sucesso quem tem a maior bunda. De tal forma que a semântica aqui de bunda não é mais substantivo e sim verbo, ficaria mais ou menos desse jeito eu bundo, tu bundas, ele bunda, nós bundamos, vós bundais, eles bundam.
O fato é que vivemos numa sociedade bundocrática: manda e faz sucesso quem tem a maior bunda. De tal forma que a semântica aqui de bunda não é mais substantivo e sim verbo, ficaria mais ou menos desse jeito eu bundo, tu bundas, ele bunda, nós bundamos, vós bundais, eles bundam.
Na verdade, aqui, bundam
todos. E quem não bunda é bundão. É o boom da bunda no reino da bunda sutra, bunda na mente, bunda nos olhos, tudo é bundaobsessão ou bundapossessão. A obsessão por bunda é tão corrosiva que
se foi o tempo em que o homem pedia a família humildemente a mão da moça em
casamento. Hoje se pede a majestosa bunda em casamento. É o apogeu da era
bundozóica na qual os Hobundóides buscam a abundessência. Quanto aos os conservadores, dissimulados que fingem não gostar de bunda, meu conselho é
não escandabundalize-se. Afinal de contas, alguém pode dizer que é vergonhoso falar
em bunda, mas pensar em bunda não o é? Os bundamoralistas e bundareligiosos que afirmam não ser a
bunda um assunto essencial ou vital, fogem de tais discussões, pelos mais variegados
motivos, razão essa pela qual albergam no inconsciente a cobiça cujo mãe dos pecados capitais é luxúria. A digressão além de ser antipsicanalítica é intensificadora da paixão pela bunda.
O fato é que alguns
deblateram a respeito do assunto, outros fogem dele e outros conversam sobre o assunto. Minha
atenção está exatamente na última proposta dialogal e critica, destituída de um
olhar moralizante, até por que aqui o que está em pauta é a [3]objetificação
feminina, isto é, a forma que só conforma quem vê bunda. O que eu posso dizer disso?
Vou chamar alguém que pode e irá falar com propriedade. Sim, Gabriel o pensador ao se pronunciar à respeito da bundalizaçãoe ao escrever um música para os bundólatras, intituladou a letra com o seguinte tema: "Nádegas a declarar".
Vou chamar alguém que pode e irá falar com propriedade. Sim, Gabriel o pensador ao se pronunciar à respeito da bundalizaçãoe ao escrever um música para os bundólatras, intituladou a letra com o seguinte tema: "Nádegas a declarar".
Segue o trecho:
"Nádegas a declarar? Claro que não! Eu tenho opinião Nesse papo de bundão.
A bundalização É bastante estimulada por essa cultura machista. O minha filha!
Acorda pra vida a sua bunda tá em cima, mas sua moral tá caída. A dignidade tá em baixa você só rebola, só rebola só rebola e se rebaixa/ E se encaixa no velho perfil: Mulher objeto é.
E aí? Você fica neutro (a).
A
mídia androcentrizada insiste na tecla de que mulher boa é aquela que não possui *cérebro e sim bunda. Você sabe o que é isso? violência simbólica, dominação
masculina, manipulação, sim é isso que esta por detrás dessa filosofia machista
onde a mulher passa a ser coisificada, valorizada por sua bunda, apenas
isso.
Se a relação sexual se mostra como uma relação social de dominação, é porque ela está construída através do princípio de divisão fundamental entre o masculino, ativo, e o feminino, passivo, e porque este princípio cria, organiza, expressa e dirige o desejo – o desejo masculino como desejo de posse, como dominação erotizada, e o desejo feminino como desejo de dominação masculina, como subordinação erotizada, ou mesmo, em última instância, como reconhecimento erotizado da dominação. (BOURDIEU, 1998, p. 31).
É na instância cultural que se inscreve à construção social dos corpos – este arbitrário cultural que sofre o processo de naturalização, fazendo parecer que os corpos são o fundamento da diferença social entre homens e mulheres, quando na verdade os corpos, como os percebemos, já carregam as insígnias dos preconceitos sociais favoráveis aos homens e desfavoráveis às mulheres – Bourdieu menciona que ela (a construção social dos corpos) atinge homens e mulheres nas suas práticas cotidianas.
Portanto, se pensarmos em categorias formais a questão do androcentrismo vamos perceber que o edifício que estrutura a presente questão é significado pelos mesmos valores que a sociedade repudia enquanto questão moral, mas que a potencializa por meio da cultura de massa, onde a internet e a mídia são as difusoras dessa "mulher objeto", frutificada, consumível e indispensável para uma sociedade que ora, repudia no público a coisificação feminina, mas que a enaltece no privado, enaltecendo um machismo que só descredibiliza a mulher enquanto pessoa.
By
Paulo Mazarem
18 Abr. 2015
Florianópolis
REFERÊNCIAS:
Androcentrismo. Disponível
em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Androcentrismo> Acesso: 18 Abr. 15.
BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. 5. ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. Do original La Domination Masculine, 1998.
SALMA,
Ferraz, Mulheres Frutas: Efeito Melancia.
Edifurb, Blumenau, 2012.
SOLER,
Rodrigo D. de Vivar y. Uma história
Política da Subjetividade em Michel Foucault. Fractal: Revista de Psicologia, v. 20 – n. 2,
p. 571-582. Jul./Dez. 2008.
WORKAHOLIC. Disponível em
< http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalhador_compulsivo> Acesso: 18 Abr. 15.
[1] Termo cunhado pelo sociólogo
americano Lester F. Ward em 1903, está intimamente ligado à noção de
patriarcado, porém não se refere apenas ao privilégio dos homens, mas também da
forma como as experiências masculinas são consideradas como as experiências de
todos os seres humanos e tidas como uma norma universal tanto para homens
quanto para mulheres, sem dar o reconhecimento completo e igualitário à
sabedoria e experiência feminina. A tendência quase universal de se reduzir a
raça humana ao termo "o homem" é um exemplo excludente que ilustra um
comportamento androcêntrico. O seu oposto, relacionando-o com a mulher,
designa-se por ginocentrismo.
Vale ressaltar que o androcentrismo não deve ser
compreendido como misoginia, a qual Darlene M. Juschka faz uma distinção em seu
livro Feminism in the Study of Religion: A Reader de 2001.
[2] Trabalhador compulsivo ou Workaholic
meio que um "trabalhólatra" (também, adicto ao trabalho, dependente
do trabalho ou workaholic) designa uma pessoa viciada em trabalho.
Workaholic é uma expressão americana que teve origem na
palavra alcoholic (alcoólatra). Serve para designar uma pessoa viciada, não em
álcool mas em trabalho.
As pessoas viciadas em trabalho sempre existiram, no
entanto, esta última década acentuou sua existência motivada pela alta
competitividade, vaidade, ganância, necessidade de sobrevivência ou ainda
alguma necessidade pessoal de provar algo a alguém ou a si mesmo.
Como resultado da influência de uma pessoa viciada em
trabalho, pode-se perceber geralmente alguns fatores interessantes: o primeiro
deles é que este tipo de pessoa geralmente não consegue se desligar do
trabalho, mesmo fora dele, acaba por deixar de lado seu parceiro, filhos, pais,
amigos. Os seus melhores amigos passam a ser aqueles que de alguma forma tem
ligação com seu trabalho.
[3] Objetivação prática em que há o
cruzamento e a troca de estatutos de identidades, no qual o sujeito ora assume
as características do objeto, ora o objeto assume as características de
sujeito. p. 574
* Enfim, lembremo-nos de Hipácia de Alexandria (370-415) uma mulher que possuía o dom da palavra, foi uma brilhante astróloga, matemática, astrônoma e filosofa neoplatônica. Pensava sobre religião, poesia e arte.
Foi morta de maneira covarde, golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas, e, finalmente, apedrejada por cristãos radicais, por que era uma filósofa pagã e não aceitava um Deus que ela não pudesse questionar. Depois de morta, seu corpo foi queimado em uma fogueira. Mais tarde, Descartes, Newton e Leibniz expandiram suas ideias e estudos. Salma Ferraz
Documentário sobre Hipátia de Alexandria. Equipe Pitagoras. VI Rally da matemática Disponível < https://www.youtube.com/watch?v=EudUYCFGEBQ > Acesso: 18 Abr. 15.
* Enfim, lembremo-nos de Hipácia de Alexandria (370-415) uma mulher que possuía o dom da palavra, foi uma brilhante astróloga, matemática, astrônoma e filosofa neoplatônica. Pensava sobre religião, poesia e arte.
Foi morta de maneira covarde, golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas, e, finalmente, apedrejada por cristãos radicais, por que era uma filósofa pagã e não aceitava um Deus que ela não pudesse questionar. Depois de morta, seu corpo foi queimado em uma fogueira. Mais tarde, Descartes, Newton e Leibniz expandiram suas ideias e estudos. Salma Ferraz
Documentário sobre Hipátia de Alexandria. Equipe Pitagoras. VI Rally da matemática Disponível < https://www.youtube.com/watch?v=EudUYCFGEBQ > Acesso: 18 Abr. 15.
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